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Desde a declaração da Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020, decretando a pandemia do novo covid-19, doença causada pelo coronavírus, a humanidade correu contra o tempo para combater a nova doença. E num recorde histórico, a primeira vacina contra o coronavírus foi aprovada no Reino Unido, iniciando a vacinação em 08 de dezembro de 2020. Daí em diante, a procura pela vacinação só aumentou.
Hoje, de acordo com o Our World In Data, site especializado em expor pesquisas empíricas e dados analíticos sobre mudanças nas condições de qualidade de vida ao redor do mundo, o número global de aplicações alcança os 11,4 bilhões, com aproximadamente 4,58 bilhões de pessoas vacinadas com duas doses. Já no Brasil os números chegam a 418 milhões de doses aplicadas, sendo que aproximadamente 161 milhões de pessoas já tomaram duas doses e 80 milhões a dose de reforço, ou seja, uma terceira dose.
Dessa forma já estamos caminhando para o fim da vacinação? Não exatamente, alguns especialistas defendem que ainda deveremos tomar uma quarta dose da vacina contra o covid-19, isso porque uma segunda dose de reforço (quarta dose) é muito importante para àqueles que possuem debilidade imunológica e uma nova aplicação da vacina pode manter um alto nível de cobertura ao longo do tempo nos pacientes, explica o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano, em uma entrevista ao canal de notícia CNN.
Além disso, não é muito raro sair em noticiários sobre as novas variantes da Covid-19. Recentemente, ainda neste mês, tivemos a notícia da Deltacron, uma nova variante da Ômicron, já encontrada no Brasil, porém, ainda é preciso mais estudos antes de afirmar o real perigo que essa nova cepa apresenta e a necessidade de uma nova dose de reforço.
Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, “não há evidências suficientes para recomendação de quarta dose à população saudável”.
Por enquanto, o Ministério Público vem indicando a quarta dose para pacientes que apresentam uma imunodeficiência primária grave, passaram por quimioterapia, algum tipo de transplante de órgãos ou de células tronco, vivem com HIV/AIDS ou fazem hemodiálise.
De acordo com Urbano, a dose de reforço para a população em geral é um debate que está vivo, mas que precisa de estudos mais robustos para haver a indicação.
Em outros países, a quarta dose já é uma realidade mais palpável, como em Israel e Chile, onde a quarta dose já está liberada para um grupo maior. Já na França, foi anunciado no dia 11 de março de 2022 que a quarta dose seria aplicada em idosos com mais de 80 anos.
Dessa forma, por se tratar de uma doença que constantemente sofre variações e ainda está sendo muito estudada, uma vez que o paciente não apresente uma debilidade imunológica ou alguma outra deficiência que exija uma dose de reforço, não há como afirmar a real necessidade da quarta dose para toda a população.